A educação como saída para a crise ambiental
Vivemos de fato uma crise ambiental extremamente séria
e com vistas à um caminho sem retorno, percebemos e sentimos já há muito tempo
os efeitos desta crise ambiental global, fruto de direta ação do homem sobre
toda a vida do planeta. Como bem está descrito no texto de referência, vem se acentuando
ao longo dos anos e segundo Leff (2001, p. 191)
“A crise ambiental é a crise do nosso tempo”, o autor chama a atenção
para o limite real, para a capacidade de sustentação da vida e para as
desigualdade sociais tão importantes neste cenário.
No decurso da história o homem tem
de maneira desordenada e desenfreada devastado a meio ambiente, utilizando de todos
os recursos naturais para melhorar e otimizar a sua própria existência, buscando
sobrevivência, conforto, qualidade de vida e o com isso consumismo exacerbado
(capitalismo literalmente selvagem), tudo isto diretamente alicerçado à uma
visão onde o homem se percebe separado do meio ambiente ou mesmo deslocado. O
entendimento onde não nos víamos como parte do todo, como parte integrante do
sistema “meio ambiente”, mas guiado unicamente pela vontade de evoluir,
transformar, criar e conquistar.
Para Boff (1998, p. 14) chegamos ao
limite: “com sua tecnologia, especialmente hoje altamente energívora, acelera o
processo de exterminação a níveis quase incontroláveis”, Boff nos coloca ainda
a seguinte pergunta: “Será possível evitar o colapso ecológico?” Penso com
muita convicção que ainda podemos mudar o curso da história, ainda há tempo
para salvarmos a vida, mas para que isto acontece o homem precisa com urgência
se entender como parte integrante do “meio ambiente” em que vive e com isso
ressignificar a sua própria existência e a continuidade da vida. A esperança de
um futuro melhor para todos nós, em minha visão está totalmente ligado há uma
mudança consubstancial do processo educacional, para isso, nós carecemos de
melhores educadores, preocupados e totalmente comprometidos com uma educação
ética em todos os sentidos, não somente ecológicos, mas éticos na sua
totalidade, comprometidos com a construção de sujeitos autônomos, críticos e
conscientes. Os processos educacionais devem buscar significar e ressignificar
conceitos historicamente construídos, colocar o homem não apenas com centro,
mas como agente responsável e de mudanças, com consciência de que a vida e sua
continuidade depende dele mesmo.
Tudo isto na teoria pode parecer
muito eloquente e bonito, mas só falar não basta, vivemos um cenário complexo
em todos os sentidos e a busca por transformar palavras em ações é de extrema
urgência, estamos em uma estrada sem retorno e a educação pode e deve ser nossa
principal arma para a mudança que queremos ver no mundo.
Referências:
Wolf, Rosangela Abreu do Prado. Educação ambiental e gestão
escolar, a responsabilidade social frente aos novos paradigmas da complexidade.
Guarapuava: Unicentro, 2014.
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